sábado, 9 de julho de 2011

O TEJO

Certa vez descansava a sombra de um pinhão um Tejo e enquanto descansava a conversa entre ambos fluía.
Disse o Tejo: Sua sombra não serve pra nada, suas folhas são muito feias e o seu cheiro afasta qualquer um.
Pensativo o pinhão nada respondia, tão somente meditava na possibilidade e na necessidade diária de cada um.
Lembre-se: NADA COMO UM DIA ATRÁS DO OUTRO.
Um belo dia, sol forte, calor insuportável, unidos pelas circunstâncias, o pinhão e o Tejo, direpente surge uma Jararaca. O Tejo sem saída prepara-se para o confronto.
Nessas horas os ensinos adquiridos pela experiência são valiosos, lembrou-se o Tejo do seu velho pai: Nunca enfrente uma Jararaca sozinho. Olhando em sua volta o Tejo só vislumbrava o pinhão, veio então a lembrança as palavras do seu pai. - Uma mordida no pinhão, uma lapada na Jararaca.
Boa receita.
Depois de várias mordidas e pancadas a Jararaca em fuga levando consiga a sua peçonha e seguindo sua vidinha a procura de novas vitimas. O Tejo achando-se o tal, triunfante nem percebia o estrago que havia deixado no pinhão, que por sua vez, apenas agradecia a Deus por ter tantos defeitos e mesmo assim ser útil nos momentos mais dificéis.
Quais desses papéis você tem desempenhado nos seus relacionamentos?
Ivanaldo Alves de Moura