terça-feira, 11 de março de 2014

PT X PMDB

QUEM QUER DESPOLITIZAR A POLÍTICA

É preciso entender que conflito entre o governo e parte do PMDB envolve interesses maiores do que vagas no Ministério


 
Depois de passar o mandato inteiro tomando pancada  porque era acusada de barganhar ministérios por minutos no horário político e permutar verbas públicas por apoio no Congresso, agora Dilma Rousseff é criticada  porque definiu um limite para as tratativas e negociações com o PMDB.
    
 A mais nova catástrofe anunciada de seu governo é a possibilidade do partido de Michel Temer e Eduardo Cunha romper a coalização construída em 2010. Como tantas catástrofes que expressam acima de tudo um inconfessável desejo político, as chances de uma ruptura ocorrer são reais, mas remotíssimas. 
  Não é isso que cabe discutir aqui, porém.
     O visão  criminalizante sobre o conflito entre o governo e o PMDB sustenta que Eduardo Cunha quer mais empregos e  mais verbas – mercadorias que se costuma classificar  como sujeira política, quando praticada pelo adversário, ou como sacrifício necessário, quando se trata de um aliado.   
     Em qualquer caso, descreve-se um jogo sem saída, que Dilma  perderá em qualquer hipótese no balanço final. Se atrair o PMDB,  terá sido porque sujou-se. Se não atrair, demonstrou  incompetência e falta de apetite para o jogo político como ele é.
     Caso o PMDB fique na aliança, vamos descobrir quanto ganhou por isso. Caso vá embora, vamos apurar quanto Dilma perdeu.
    Em qualquer caso, avançam nossos sábios,  terá sido mais uma demonstração de sua inferioridade  diante de adversários supostamente competentes, modernos, atualizados, preparados, simpáticos e carismáticos, blá, blá, blá -- ainda que os números de intenção de voto digam que ela tem chances matemáticas de levar a eleição no primeiro turno. É isso, no fundo, que se pretende demonstrar.

   Prisioneiros de um olhar moralista que tenta criminalizar toda atividade política, impede debater interesses de fundo e diferenças importantes para a maioria da população, procura-se fingir que não há nada mais relevante do que um ministério a mais (ou a menos)  em Brasília.
   O fenômeno é conhecido. Depois de criar uma lenda, é preciso, pelo menos, fingir que se acredita nela.
   Vamos falar de política. Eduardo Cunha, Gedel Lima, Sandro Mabel e outras estrelas do PMDB integram a parcela reacionária de um partido desigual e disforme. Têm peso no Congresso, sim. Mas expressam interesses de grandes empresários que, como todos aprendemos , sei lá, desde que o capitalismo começou a funcionar em determinado ponto da Escócia, não costumam ser os mesmos da maioria das pessoas.
    Eles agem  como adversários políticos de projetos essenciais para o governo e de interesse da maioria dos brasileiros.  
   Cunha, por exemplo, é o principal porta-voz dos interesses das empresas de telefonia que querem acabar com a neutralidade do Marco Regulatório da Internet. Um negócio que vale bilhões para as empresas e que, conforme a decisão dos parlamentares, irá transformar a rede – até agora um espaço público – numa feira de negócios e cobranças indevidas para empresas privadas, prejudicando milhões de usuários.
    Sandro Mabel é o profeta da eliminação da CLT, que pretende trocar por um projeto de terceirização completa do mercado de trabalho. Dá para acreditar? Eliminar a Era Vargas estava no programa de Fernando Henrique Cardoso, não de Lula.
    Geddel Lima é um tucano que permanece no PMDB por interesses particulares,  utilizando o apoio ao governo federal para receber recompensas de praxe. Não gosta e nunca gostou de Dilma, nem de Lula nem do PT.
   
    Você pode concordar – ou não – com os pontos de vista de Cunha, Mabel, Geddel e tantos outros.  
    Só não vale fingir que eles não tem relevância e interesse. Esse é o truque: mascarar a diferença política para transformar tudo em jogos de aparelhos, cargos públicos e dinheiro pesado, é a melhor forma de despolitizar a democracia e deseducar o eleitorado.
     Nivelando por baixo, todos ficam iguais. Acho que dá para entender, não?
 http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/colunista/48_PAULO+MOREIRA+LEITE

O TAL DO "LEPO...LEPO..."


Andei observando como esse "hit" baiano fez e ainda faz "sucesso" entre os jovens, pelo menos entre alguns que eu conheço e um fato ocorrido hoje chamou a minha atenção. Enquanto me dirigia para uma das salas de aula da escola na qual trabalho, pude perceber duas garotas que "embaladas" pelo lepo,lepo, ensaiavam os passos da coreografia. Resolvi arriscar-me a analisar a letra da música em destaque.
 O "cara" declara-se sem saída diante da situação financeira que enfrenta se não vejamos:
"Ah, eu já não sei o que fazer
Duro, pé-rapado e com o salário atrasado
Ah, eu não tenho mais pra onde correr
Já fui despejado, o banco levou o meu carro..."
Não pagou o aluguel e as prestações do financiamento do carro, acabou sendo despejado e teve o carro com busca e apreensão consumadas pela justiça(provavelmente). Diante dessa situação parte para refletir acerca do seu "relacionamento", questionando qual o interesse dela por ele,"Será que ela vai me querer?...Se é dinheiro, ou é amor, ou cumplicidade...". Que segurança revela? Desconhece na verdade o que motiva sua "amada" a está com o mesmo. Declarando sua situação econômica, apresenta o que tem a oferecer:
"Eu não tenho carro, não tenho teto
E se ficar comigo é porque gosta
Do meu ranranranranranranran lepo lepo
É tão gostoso quando eu ranranranranranranran o lepo lepo".
Ao que nos parece só pode oferecer o seu "bom desempenho sexual", o que considero pouco para se estabelecer um relacionamento sério.

Será mesmo?

Engana-se quem pensa que o ex-ministro Fernando Bezerra é carta fora do baralho. Além de ser uma das duas opções do PMDB para disputar o Governo do RN, Bezerra ainda não descartou a possibilidade de dar um sim ao partido, pelo menos é o que garantem fontes do Blog do Marcos Dantas, ligadas ao empresário. “Ele pode até não ter a estrutura política de Henrique, mas tem as mesmas condições de administrar o RN“, disse a fonte.
http://marcosdantas.com/fernando-bezerra-ainda-esta-no-pareo/

FILOSOFIA

“Só sei que nada sei”
Em  certa  passagem  de  a Defesa  de  Sócrates,  na qual  se  refere  às  calúnias  de  que  foi  vítima,  o  próprio  filósofo  lembra  quando  esteve  em  Delfos, local  em  que  as  pessoas  consultavam  o  oráculo no templo de Apolo para saber sobre assuntos  religiosos,  políticos  ou  ainda  sobre  o  futuro. Lá, quando o seu amigo Querofonte consultou Pítia indagando  se  havia  alguém  mais  sábio  do  que  seu mestre Sócrates, ouviu uma resposta negativa.
Surpreendido com a resposta do oráculo, Sócrates resolveu investigar por si próprio quem se dizia sábio.
Sua fala é assim relatada por Platão:
"Fui ter com um dos que passam por sábios, porquanto, se
havia lugar, era ali que, para rebater o oráculo, mostraria
ao deus: “Eis aqui um mais sábio que eu, quanto tu
disseste que eu o era!”. Submeti a exame essa pessoa —
é escusado dizer o seu nome: era um dos políticos.
Eis, Atenienses, a impressão que me ficou do exame e
da conversa que tive com ele; achei que ele passava por
sábio aos olhos de muita gente, principalmente aos seus
próprios, mas não o era. Meti-me, então, a explicar-lhe
que supunha ser sábio, mas não o era. A consequência foi
tornar-me odiado dele e de muitos dos circunstantes.
Ao retirar-me, ia concluindo de mim para comigo: ““Mais
sábio do que esse homem eu sou; é bem provável que
nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe
saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei,
tampouco suponho saber. Parece que sou um nadinha
mais sábio que ele exatamente em não supor que saiba o
que não sei”. Daí fui ter com outro, um dos que passam
por ainda mais sábios e tive a mesmíssima impressão;
também ali me tornei odiado dele e de muitos outros."