quinta-feira, 1 de maio de 2014

EGITO ANTIGO



A Sociedade que controlou o Nilo
O Egito Antigo é uma das regiões do Crescente Fértil, que contava com terras férteis devido às enchentes de seus principais rios, favorecendo a fixação de grupos humanos em suas cercanias.
No caso do Egito, o rio é o  Nilo, na época das cheias, as águas do Nilo inundavam suas margens, levando grande quantidade  do húmus acumulado em seu leito, quando as águas retornavam ao leito do rio suas margens estavam fertilizadas por essa matéria orgânica, o que facilitava o desenvolvimento da atividade agrícola.

Baixo e Alto Egito
 Desde 5000 a.C, o Egito era habitado por povos que viviam em clãs, chamados nomos. Esses povos praticavam a agricultura e dominavam à técnica da cerâmica, mais tarde, desenvolveram a metalurgia.
Baixo Egito – Situado ao norte, na região mais próxima ao mar Mediterrâneo, onde o rio Nilo forma um grande delta de terras férteis.
Alto Egito – Situado ao sul do delta, a partir da cidade de Mênfis, onde as terras férteis constituíam uma estreita faixa ao longo do rio. Nas áreas não atingidas pelas enchentes, o solo era árido.
Por voltade 3100 a.C., os governantes do Alto Egito conquistaram o Baixo Egito. Os dois reinos ficaram, então, sob governo único. Segundo a tradição, Menés teria fundado a primeira dinastia dos faraós. Os primeiros faraós usavam uma coroa dupla, simbolizando que eram reis do Alto e Baixo Egito. A unificação tornou o faraó o senhor da grande Casa do Egito. Aliás, a palavra faraó significa, na sua origem, grande casa(palácio) e rei.

Período dinástico
Os egiptólogos costumam dividir a história do Egito Antigo em diversos períodos, chamando os três principais de Antigo Império, Médio Império e Novo Império.
Antigo Império(2600-2040 a.C.)
> A capital do país era Mênfis.
> Forte centralização política.
> Montagem de uma eficiente estrutura administrativa.
> Foram construídas grandes pirâmides: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Por volta de 2150-2040 a.C., os faraós perderam o poder para os governantes das províncias. O final desse período foi marcadopor descentralização do poder, distúrbios, sociais e instabilidade política.

Médio Império (2040-1550 a.c.)
>Os representantes da nobreza de Tebas conseguiram reprimir as revoltas locais dosgovernantes das províncias.
>Recuperaram e centralizaram o poder.
> Período de estabilidade política eprosperidade econômica.
Por volta de 1750 a. C., a região norte do país foi invadida pelos hicsos(povo de origem asiática), que estabeleceram a capital em Avaris. Os hicsos detinham tecnologia militar superior à dos egípcios: utilizavam o cavalo em carros de combate e armas de bronze. Permaneceram quase dois séculos no Egito.

Novo Império ( 1550-1070 a.C.)
>A nobreza de Tebas restaurou a unidade política do Egito, expulsando os hicsos.
>Apogeu econômico.
>Refinamento artístico .
> Grande expansão militar.
O final desse período foi marcado por uma série de problemas: revoltas, perdas de território, más colheitas, fome.
Declínio do Egito
Depois do século XII a.C., o Egito foi sucessivamente  invadido por diferentes povos, iniciando um processo de declínio.
 Em 670 a.C., chegaram os assírios, que dominaram o território egípcios por oito anos.
Após se libertar dos assírios, os egípcios iniciaram uma fase de recuperação econômica e cultural, conhecida como Renascimento saíta, por ter sido impulsionada pelos soberanos da cidade de Sais.
Em 525 a.C., o Egito foi dominado pelos persas, quase dois séculos depois, foi a vez dos macedônios que derrotaram os persas  comandados por Alexandre Magno. Em 30 a.C., os romanos dominaram o Egito, encerrando a Civilização egípcia da maneira como era conhecida até então.

Sociedade
O Faraó era o rei supremo do Egito, considerado basicamente um deus vivo, responsável pela proteção e prosperidade de seu povo, além do controle sobre as forças da natureza. De modo geral o Faraó detinha autoridade religiosa, administrativa, judicial e militar.

Os Nobres
Assumiam os cargos hereditários de administradores das províncias e de comandantes militares dos principais postos do exército.

Os sacerdotes
Eram os senhores da cultura egípcia. Presidiam as cerimônias religiosas e administravamo patrimônio dos templos, desfrutando das riquezas provenientes das oferendas feitas pelo povo.

Os escribas
Conheciam a escrita egípcia e tinham diferentes graus de prestígio e poder. Uma de suas funções era visitar as províncias e os campos para cobrar tributos e fiscalizar os serviços de construção de canais, diques, estradas, templos e pirâmides.

Os Camponeses
Também chamados felás, executavam inúmeros trabalhos relacionados a:
Agricultura – os principais produtos cultivados eram trigo, cevada, linho. Também se dedicavam à plantação de legumes, verduras, uva e frutas variadas.
Criação de animais – havia criação de bois, asnos, carneiros, porcos e posteriormente cavalos. Criavam diversas aves, como gansos, patos e grous. Para a maioria da população a carne era um alimento de luxo, e os mais pobres só comiam em ocasiões especiais. 
Caça e pesca – as atividades agropastoris eram complementadas pela pesca, no Nilo, nos pântanos e nos canis, bem como pela pesca.

Artesãos
Os artesãos que produziam artigos de luxo trabalhavam, geralmente em oficinas urbanas , muitas vezes instaladas nos templos e palácios. Confeccionavam peças de ourivesaria, vaso de alabastro ou faiança, tecidos etc. Já os artesãos menos qualificados trabalhavam em oficinas rurais, produzindo tecidos rústicos, artigos de couro, vasilhas utilitárias, alimentos, como pão cerveja. Havia assim, artesãos de ofíciosvariados, ferreiros, carpinteiros, barqueiros, ceramistas, ourives, padeiros, cervejeiros. Alguns se especializaram nos trabalhos ligados ao sepultamento dos mortos: eram os embalsamadores e decoradores de túmulos.



Escravos
Os escravos formavam um grupo social numericamente pequeno diante do conjunto da população, constituído, em sua origem, principalmente de prisioneiros de guerra. Trabalhavam em serviços variados: nas casas, nas pedreiras, nas minas, nos campos.

Religião
Os egípcios eram politeístas, ou seja, adoravam muitos deuses, que simbolizavam forças e fenômenos da natureza.  Muitas divindades eram representadas em forma de animal oumesclavam forma animal e humana. Geralmente , cada cidade tinha um deus principal para o qual se erguia um templo. Acreditavam na vida após a morte no reino de Osíris. Imaginavam que os mortos seriam julgados por esse deus e poderiam retornar para os seus corpos se fossem absolvidos. Para isso, seus corpos precisavam ser conservados. Desenvolveram , então a técnica da mumificação.
Principais deuses:
Amon-Rá, deus sol
Osíris, deus da vegetação, das forças da natureza e dos mortos
Ísis, esposa e irmã de Osíris
Hórus, deus do céu e filho de Ísis e Osíris

Produção artística
Influenciada pela religião, daí a construção de templos(Lúxor e Karnac) e a crença na vida após a morte levou as construção de grandes túmulos. Entre eles os mais imponentes foram as pirâmides que serviam de sepultura para o faraó e membros de sua família. Na região de Gizé estão ao pirâmides dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos.

Ciência aplicada
Vejamos um pouco do legado egípcio em distintas áreas do conhecimento:
Química – a manipulação desubstâncias químicas surgiu no Egito e deu origem `a fabricação de diversos remédios e composições. A própria palavra química vem do egípcio, Kemi, que significa “terra negra”.
Matemática – padronização de pesos e medidas, mediante um sistema de notação numérica e de contagem. Desenvolveu-se assim, a matemática, incluindo a álgebra e a geometria.
Astronomia – para a navegação pelo Mediterrâneo e as atividades agrícolas , os egípcios orientavam-se pelas estrelas. Fizeram então,mapas do céu, enumerando e agrupando as estrelas em constelações.
Medicina – a prática contribuiu para o estudo do corpo humano . Alguns médicos acabaram se especializando em algumas partes do corpo, como olhos, cabeça, dentes , ventre.

Cotrim, Gilberto
      História Global: Brasil e geral: volume 1/ Gilberto Cotrim - 1ª edição - São Paulo: Saraiva, 2010. páginas, 72 - 80.

A RELAÇÕES ENTRE O INDIVIDUO E A SOCIEDADE



Entre os estudiosos que se preocuparam em analisar a relação dos indivíduos com a sociedade, destacam-se Karl Marx, Émile Durkheim, Max Weber, Norbert Elias e Pierre Bourdieu.

Karl Marx, os indivíduos e as classes sociais
Para o alemão Karl Marx (1818-1883), os indivíduos devem ser analisados de acordo com o contexto das situações sociais, já que produzem as condições de sua existência em grupo. Segundo Marx, a relação entre um empresário e um empregado não é apenas entre indivíduos, mas também entre classes sociais. As condições que permitem esse relacionamento são definidas pela luta que se estabelece entre as classes, com a intervenção do Estado. De acordo com Marx, as pessoas constroem sua história, mas não da maneira que querem, pois os fatos são condicionados por situações anteriores.
Para Marx, só é possível entender as relações sociais dos indivíduos com base: nos antagonismos; nas contradições; na complementaridade entre as classes sociais.
De acordo com Marx, a chave para compreender a vida social contemporânea está na luta de classes, que se desenvolve à medida que homens e mulheres procuram satisfazer suas necessidades, “oriundas do estômago ou da fantasia”.

Émile Durkheim, as instituições e o indivíduo
Para o francês Émile Durkheim (1858-1917), a sociedade sempre prevalece sobre o indivíduo, dispondo de certas regras, normas, costumes e leis que formam uma consciência coletiva.
A família, a escola, o sistema judiciário e o Estado são exemplos de instituições que congregam os elementos essenciais da sociedade, dando-lhe sustentação e permanência. Condicionado e controlado pelas instituições, cada membro de uma sociedade sabe como deve agir para não desestabilizar a vida comunitária. Sabe também que, se não agir da forma estabelecida, será repreendido ou punido, dependendo da falta cometida. Segundo Durkheim, o processo dissemina as normas e valores da sociedade e assegura a difusão de ideias formam um conjunto homogêneo, para que a comunidade permaneça integrada e se perpetue no tempo.

Max Weber, o indivíduo e a ação social
Para o alemão Max Weber (1864-1920), a sociedade existe concretamente, mas não é algo externo e acima das pessoas, e sim o conjunto das ações dos indivíduos relacionando-se. Partindo do indivíduo e de suas motivações, Weber pretende compreender a sociedade.
 O conceito básico para Weber é o de ação social, entendido como o ato de alguém se comunicar, se relacionar, tendo alguma expectativa sobre as ações dos outros. O termo “outros” pode significar tanto um indivíduo como vários, indeterminados e até desconhecidos. Ao analisar o modo como as pessoas agem e levando em conta a maneira como orientam suas ações, Max Weber agrupou as ações individuais em quatro grandes tipos:
Ação tradicional tem por base um costume arraigado, a tradição familiar ou um hábito. É um tipo de ação que se adota quase automaticamente, reagindo a estímulos habituais. Expressões como “Eu sempre fiz assim” ou “Lá em casa sempre se fez desse jeito” exemplificam tais ações.
Ação  afetiva tem por fundamento os sentimentos de qualquer ordem. O sentido da ação está nela mesma. Age afetivamente quem satisfaz suas necessidades, seus desejos, sejam eles de alegria, gozo, de vingança, não importa.
Ação racional com relação a valores fundamenta-se com convicções, tais como o dever, a dignidade, a beleza, a sabedoria, a piedade ou a transcendência de uma causa, qualquer que seja seu gênero, sem lavar em conta as consequências previsíveis.
Ação racional com relação a fins fundamenta-se numa avaliação da relação entre meios e fins. Nesse tipo de ação, o individuo pensa antes de agir em uma dada situação.
Para o sociólogo, as normas, os costumes e as regras sociais estão internalizadas nos indivíduos, que escolhem condutas e comportamentos dependendo de cada situação.

Norbert Elias e Pierre Bourdieu: a sociedade dos indivíduos
Segundo o alemão Norbert Elias (1897-1990), em seu livro A sociedade dos indivíduos, é somente nas relações e por meio delas que “os indivíduos podem possuir características humanas, como falar, pensar e amar”. Só é possível trabalhar, estudar e divertir-se em uma sociedade que tenha história, cultura e educação, e não isoladamente.
O conceito de configuração
No grupo social não há separação entre indivíduo e sociedade. Tudo deve ser entendido de acordo com o contexto; caso contrário, perde-se a dinâmica da realidade e o poder de entendimento. Para superar a dicotomia entre indivíduo e sociedade, Elias formulou o conceito de configuração, que pode ser aplicado a pequenos grupos ou a sociedades inteiras, constituídas de pessoas que se relacionam. Exemplo: jogo de futebol.
Para realçar a interdependência entre as pessoas, Elias utiliza a expressão sociedade dos indivíduos, que destaca a unidade, e não a divisão.
O francês Pierre Bourdieu (1930-2002) destaca a articulação entre as condições de existência do indivíduo e suas formas de ação e percepção, dentro ou fora dos grupos. Ele retoma o conceito de habitus, formulado por Elias.
O conceito de habitus
Para Elias, habitus é um saber incorporado à vida em sociedade.
Para Bourdieu, é a relação entre as práticas cotidianas – a vida concreta dos indivíduos – e as condições de classe de determinada sociedade. 
Segundo Bourdieu:
> o indivíduo constrói um habitus próprio à medida que se relaciona com pessoas de outros universos;
> os conceitos e valores dos indivíduos têm uma relação com o lugar que ocupam na sociedade;
>  não há igualdade de posições, pois se vive numa sociedade desigual.
 Tomazi, Nelson Dacio, Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio Tomazi - 2ª edição - São Paulo: Saraiva, 2010.páginas 23 - 31.

A SOCIEDADE DOS INDIVÍDUOS - O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO



O que vem primeiro: o indivíduo ou a sociedade? Os indivíduos moldam a sociedade ou a sociedade molda os indivíduos?
 Podemos dizer que indivíduos e sociedade fazem parte da mesma trama, tecida pelas relações sociais. Não há separação entre eles.
O processo de socialização é o processo pelo qual os indivíduos formam a sociedade e são formados por ela.
Nossa individualidade se constrói no contexto das relações com os diferentes grupos e instituições dos quais participamos. Por isso, temos experiências semelhantes ou diferentes das de outras pessoas.

O que nos é comum
Ao nascer, a criança chega a um mundo que já está pronto. Nesse momento ela ainda não se reconhece como pessoa, pois não domina os códigos sociais.
No processo de conhecimento do mundo, a criança: descobre que há coisas que pode fazer e coisas que não pode fazer.
Ao conviver com a família e com os vizinhos, frequentar a escola, ver televisão, passear e conhecer novos lugares, coisas e pessoas, a criança vai se socializando. Nesse processo, ela aprende e interioriza palavras, significados e ideias, enfim, os valores e o modo de vida da sociedade da qual faz parte.
As diferenças no processo de socialização
Entender a sociedade em que vivemos significa saber que há muitas diferenças e que é preciso olhar para elas.
As desigualdades >  promovem formas diferentes de socialização.
Ao tratar das diferenças > temos de vê-las no contexto histórico.
A socialização acontece de maneiras diferentes de acordo com a época e com as condições em que se vive > a socialização das pessoas que vivem em um país em guerra, por exemplo, é diferente daquela das pessoas que moram em um local em que há paz.
Tudo começa na família
Socialização:
Processo formal > é conduzido por instituições como a escola e a Igreja;
Processo informal > acontece inicialmente na família, na vizinhança e pela exposição aos meios de comunicação.
Família: espaço privado das relações de intimidade e afeto; espaço no qual aprendemos a obedecer às regras de convivência e a lidar com as diferenças e a diversidade.
Espaços públicos: todos os outros lugares que frequentamos; locais em que precisamos observar normas e regras próprias de cada situação.

Tomazi, Nelson Dacio, Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio Tomazi - 2ª edição - São Paulo: Saraiva, 2010. páginas, 7,8,9,10.
                                     

terça-feira, 11 de março de 2014

PT X PMDB

QUEM QUER DESPOLITIZAR A POLÍTICA

É preciso entender que conflito entre o governo e parte do PMDB envolve interesses maiores do que vagas no Ministério


 
Depois de passar o mandato inteiro tomando pancada  porque era acusada de barganhar ministérios por minutos no horário político e permutar verbas públicas por apoio no Congresso, agora Dilma Rousseff é criticada  porque definiu um limite para as tratativas e negociações com o PMDB.
    
 A mais nova catástrofe anunciada de seu governo é a possibilidade do partido de Michel Temer e Eduardo Cunha romper a coalização construída em 2010. Como tantas catástrofes que expressam acima de tudo um inconfessável desejo político, as chances de uma ruptura ocorrer são reais, mas remotíssimas. 
  Não é isso que cabe discutir aqui, porém.
     O visão  criminalizante sobre o conflito entre o governo e o PMDB sustenta que Eduardo Cunha quer mais empregos e  mais verbas – mercadorias que se costuma classificar  como sujeira política, quando praticada pelo adversário, ou como sacrifício necessário, quando se trata de um aliado.   
     Em qualquer caso, descreve-se um jogo sem saída, que Dilma  perderá em qualquer hipótese no balanço final. Se atrair o PMDB,  terá sido porque sujou-se. Se não atrair, demonstrou  incompetência e falta de apetite para o jogo político como ele é.
     Caso o PMDB fique na aliança, vamos descobrir quanto ganhou por isso. Caso vá embora, vamos apurar quanto Dilma perdeu.
    Em qualquer caso, avançam nossos sábios,  terá sido mais uma demonstração de sua inferioridade  diante de adversários supostamente competentes, modernos, atualizados, preparados, simpáticos e carismáticos, blá, blá, blá -- ainda que os números de intenção de voto digam que ela tem chances matemáticas de levar a eleição no primeiro turno. É isso, no fundo, que se pretende demonstrar.

   Prisioneiros de um olhar moralista que tenta criminalizar toda atividade política, impede debater interesses de fundo e diferenças importantes para a maioria da população, procura-se fingir que não há nada mais relevante do que um ministério a mais (ou a menos)  em Brasília.
   O fenômeno é conhecido. Depois de criar uma lenda, é preciso, pelo menos, fingir que se acredita nela.
   Vamos falar de política. Eduardo Cunha, Gedel Lima, Sandro Mabel e outras estrelas do PMDB integram a parcela reacionária de um partido desigual e disforme. Têm peso no Congresso, sim. Mas expressam interesses de grandes empresários que, como todos aprendemos , sei lá, desde que o capitalismo começou a funcionar em determinado ponto da Escócia, não costumam ser os mesmos da maioria das pessoas.
    Eles agem  como adversários políticos de projetos essenciais para o governo e de interesse da maioria dos brasileiros.  
   Cunha, por exemplo, é o principal porta-voz dos interesses das empresas de telefonia que querem acabar com a neutralidade do Marco Regulatório da Internet. Um negócio que vale bilhões para as empresas e que, conforme a decisão dos parlamentares, irá transformar a rede – até agora um espaço público – numa feira de negócios e cobranças indevidas para empresas privadas, prejudicando milhões de usuários.
    Sandro Mabel é o profeta da eliminação da CLT, que pretende trocar por um projeto de terceirização completa do mercado de trabalho. Dá para acreditar? Eliminar a Era Vargas estava no programa de Fernando Henrique Cardoso, não de Lula.
    Geddel Lima é um tucano que permanece no PMDB por interesses particulares,  utilizando o apoio ao governo federal para receber recompensas de praxe. Não gosta e nunca gostou de Dilma, nem de Lula nem do PT.
   
    Você pode concordar – ou não – com os pontos de vista de Cunha, Mabel, Geddel e tantos outros.  
    Só não vale fingir que eles não tem relevância e interesse. Esse é o truque: mascarar a diferença política para transformar tudo em jogos de aparelhos, cargos públicos e dinheiro pesado, é a melhor forma de despolitizar a democracia e deseducar o eleitorado.
     Nivelando por baixo, todos ficam iguais. Acho que dá para entender, não?
 http://www.istoe.com.br/colunas-e-blogs/colunista/48_PAULO+MOREIRA+LEITE

O TAL DO "LEPO...LEPO..."


Andei observando como esse "hit" baiano fez e ainda faz "sucesso" entre os jovens, pelo menos entre alguns que eu conheço e um fato ocorrido hoje chamou a minha atenção. Enquanto me dirigia para uma das salas de aula da escola na qual trabalho, pude perceber duas garotas que "embaladas" pelo lepo,lepo, ensaiavam os passos da coreografia. Resolvi arriscar-me a analisar a letra da música em destaque.
 O "cara" declara-se sem saída diante da situação financeira que enfrenta se não vejamos:
"Ah, eu já não sei o que fazer
Duro, pé-rapado e com o salário atrasado
Ah, eu não tenho mais pra onde correr
Já fui despejado, o banco levou o meu carro..."
Não pagou o aluguel e as prestações do financiamento do carro, acabou sendo despejado e teve o carro com busca e apreensão consumadas pela justiça(provavelmente). Diante dessa situação parte para refletir acerca do seu "relacionamento", questionando qual o interesse dela por ele,"Será que ela vai me querer?...Se é dinheiro, ou é amor, ou cumplicidade...". Que segurança revela? Desconhece na verdade o que motiva sua "amada" a está com o mesmo. Declarando sua situação econômica, apresenta o que tem a oferecer:
"Eu não tenho carro, não tenho teto
E se ficar comigo é porque gosta
Do meu ranranranranranranran lepo lepo
É tão gostoso quando eu ranranranranranranran o lepo lepo".
Ao que nos parece só pode oferecer o seu "bom desempenho sexual", o que considero pouco para se estabelecer um relacionamento sério.

Será mesmo?

Engana-se quem pensa que o ex-ministro Fernando Bezerra é carta fora do baralho. Além de ser uma das duas opções do PMDB para disputar o Governo do RN, Bezerra ainda não descartou a possibilidade de dar um sim ao partido, pelo menos é o que garantem fontes do Blog do Marcos Dantas, ligadas ao empresário. “Ele pode até não ter a estrutura política de Henrique, mas tem as mesmas condições de administrar o RN“, disse a fonte.
http://marcosdantas.com/fernando-bezerra-ainda-esta-no-pareo/

FILOSOFIA

“Só sei que nada sei”
Em  certa  passagem  de  a Defesa  de  Sócrates,  na qual  se  refere  às  calúnias  de  que  foi  vítima,  o  próprio  filósofo  lembra  quando  esteve  em  Delfos, local  em  que  as  pessoas  consultavam  o  oráculo no templo de Apolo para saber sobre assuntos  religiosos,  políticos  ou  ainda  sobre  o  futuro. Lá, quando o seu amigo Querofonte consultou Pítia indagando  se  havia  alguém  mais  sábio  do  que  seu mestre Sócrates, ouviu uma resposta negativa.
Surpreendido com a resposta do oráculo, Sócrates resolveu investigar por si próprio quem se dizia sábio.
Sua fala é assim relatada por Platão:
"Fui ter com um dos que passam por sábios, porquanto, se
havia lugar, era ali que, para rebater o oráculo, mostraria
ao deus: “Eis aqui um mais sábio que eu, quanto tu
disseste que eu o era!”. Submeti a exame essa pessoa —
é escusado dizer o seu nome: era um dos políticos.
Eis, Atenienses, a impressão que me ficou do exame e
da conversa que tive com ele; achei que ele passava por
sábio aos olhos de muita gente, principalmente aos seus
próprios, mas não o era. Meti-me, então, a explicar-lhe
que supunha ser sábio, mas não o era. A consequência foi
tornar-me odiado dele e de muitos dos circunstantes.
Ao retirar-me, ia concluindo de mim para comigo: ““Mais
sábio do que esse homem eu sou; é bem provável que
nenhum de nós saiba nada de bom, mas ele supõe
saber alguma coisa e não sabe, enquanto eu, se não sei,
tampouco suponho saber. Parece que sou um nadinha
mais sábio que ele exatamente em não supor que saiba o
que não sei”. Daí fui ter com outro, um dos que passam
por ainda mais sábios e tive a mesmíssima impressão;
também ali me tornei odiado dele e de muitos outros."